Monday, 21 January 2013

José Mujica para presidente do Brasil

Se alguma coisa faz realmente falta ao Brasil, ela é o Uruguai. A Província Cisplatina foi incorporada ao Reino Unido do Brasil, Portugal e Algarve em 1822. Na época, o covarde e ultrapassado Dom João VI via seu reino ameaçado pelas ideias antiabsolutistas que surgiam no sul.
Lamentavelmente para o Brasil - e excelentemente para os uruguaios -, essa indexação durou apenas cinco anos.
Se aquela situação geopolítica fosse mantida até os dias de hoje, o Brasil não teria perdido a Copa de 1950, cuja final foi contra o Uruguai em pleno Maracanã, e poderia ter o José Mujica como seu presidente.
A forma como o homem exerce o principal cargo político de seu país - ele foi eleito presidente em novembro de 2009 - é um tapa com luvas finas de veludo em qualquer presidentinho sem-vergonha da América do Sul (e coloco nessa lista figuras populares, como os óbvios Lula e Dilma, e o não tão óbvio Hugo Chaves que, apesar de ser aclamado pela população carente, pesa muito a mão no populismo e na banca de ditadorzinho de terceiro mundo - sem contar que a corrupção também tem pernas fortes na Venezuela). Como aponta reportagem do New York Times replicada pela Folha, em vez de se mudar para a residência presidencial de Suárez y Reyes, que conta com 42 empregados, preferiu permanecer na casa onde mora há anos com a mulher, num terreno onde cultivavam crisântemos para vender em mercados locais. Além disso, doa cerca de 90% de seu salário para projetos de habitação popular.
Em 2014, quero José Mujica para presidente do Brasil.

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